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Museu Ibérico da Máscara e do Traje

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Inaugurado em Fevereiro de 2007, este museu resulta de um projecto de cooperação transfronteiriça entre as regiões de Bragança e Zamora com o objectivo de perpetuar a tradição dos rituais. Instalado numa casa antiga da cidadela de Bragança, conta com um espólio de quarenta e seis trajes e sessenta máscaras representativos de vinte e nove localidades, dezoito do lado português, e onze espanholas, sob a responsabilidade de cerca de quarenta e seis artesãos. As peças estão expostas e à venda. Caso para dizer que aqui, a tradição ainda é o que era.

Dia(s) de Encerramento: Segundas
Horário de visita: De terça a domingo, das 09:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00.
Observações: Encerra nos dias 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio, 22 de Agosto, 25 de Dezembro
Morada: Rua Dom Fernão Mendes 24/26
Código Postal: 5300 025 BRAGANÇA
Tel: 273381008
E-mail: museu.iberico@cm-braganca.pt
Site: museudamascara.cm-braganca.pt/
Distrito: Bragança
Concelho: Bragança
Freguesia: Santa Maria

Carnaval na aldeia


Curiosidades, segredos e tradições


Andreia Fernandes Silva

O nariz pontiagudo da máscara, que hoje é na maioria das vezes em latão, mas já foi também em madeira ou couro, e as vestimentas às franjas de cores bem alegres não deixam margem para dúvidas. Em Podence, o Carnaval é rei, genuíno e à moda antiga.

No domingo e terça-feira gorda, após o almoço farto e bem regado de vinho tinto, há correria na aldeia. Ao som dos chocalhos, passos apressados procuram as vítimas. Apenas os rapazes, que têm de ser da terra, seja por nascimento ou casamento, vestem-se a preceito e correm em busca das raparigas para as chocalhar. Explique-se: para serem agarradas e abanadas ao som dos estridentes guizos e ornamentos em lata que os caretos trazem à cintura. Pelo meio há danças sedutoras, mais ou menos eróticas, conforme os movimentos que o fato, feito de mantas pesadas e decorado com fios de lã, permite.

Quem não é careto pode ser madamo e vestir-se de mulher. A brincadeira permite uma excepção ao lado feminino: cara escondida por uma renda e um lenço à cabeça que as transformam em marafonas. E como é de pequenino que se torce o pepino, os mais novos também podem entrar na folia e transformarem-se em facanitos: as mesmas vestes coloridas de retalhos de mantas e a máscara.

A folgança, preparada antecipadamente, começa no sábado com o apregoar de contratos de casamento, uma sessão que só termina quando estiverem “casadas” todas as moças solteiras. No domingo, em paralelo com as investidas dos caretos pelas ruas, há desfiles nupciais de madamos e marafonas. Na quarta-feira de cinzas as raparigas “casadas” pagam um tributo que depois é aplicado na compra de vinho para os homens e rebuçados para as raparigas.

A tradição do Carnaval de Podence é, tal como em quase todos os entrudos, uma fuga à rotina e onde comportamentos habitualmente profanos são permitidos. Esta despedida ao Inverno, já teve tropelias bem piores: incluía invasão das casas que ficavam viradas do avesso ou direito a um banho de formigas selvagens, criteriosamente apanhadas com meses de antecedência.

Quadras ao desafio

2008-01-30
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