Vila Real de Santo António rio e mar

V. R. de Stº António está umbilicalmente ligada ao Guadiana desde a sua fundação, em 1774, depois do marquês de Pombal decidir criar uma povoação ribeirinha que controlasse o comércio de fronteira.
O Guadiana assumiu-se no século XIX como importante porto de entrada para os barcos de pesca marítimos mas actualmente é cada vez mais utilizado por embarcações de recreio.
A capitania continua a marcar o compasso da vida do rio e do mar. O edifício, que outrora serviu de fábrica conserveira, está decorado com belos painéis de azulejos que retratam cenas náuticas.
O Arquivo Histórico Municipal, situado na zona ribeirinha, dá a conhecer a ligação da cidade ao rio e ao mar através de uma exposição que reforça a memória colectiva da localidade.
São muitas as marcas de conservas que nasceram em Vila Real de Santo António, como mostra a exposição patente do Arquivo Histórico Municipal.
O ferry continua a fazer a travessia entre a cidade e Espanha, (na outra margem do rio) mas desde a construção da Ponte do Guadiana que o movimento fluvial é cada vez menor.
O Sapal de Vila Real de Santo António e Castro Marim foi a primeira reserva natural criada em Portugal e mantém-se um autêntico paraíso ecológico habitado por inúmeras espécies.
Construído em 1923, o farol domina a paisagem nos limites da cidade, sempre com o mar debaixo de olho.
Depois de nascer em Espanha e percorrer cerca de 830 quilómetros o Guadiana aproxima-se finalmente do mar, criando cenários bucólicos de rara beleza.
O Homem e o rio estabelecem laços de cumplicidade que prometem continuar inquebráveis.
Mesmo na confluência do Guadiana, a Praia de Santo António é a primeira do Algarve (para quem vem de Espanha) e a mais próxima da cidade, mas ainda oferece um areal tão extenso quanto tranquilo.
Outrora uma pequena aldeia de pescadores, Monte Gordo nasceu para o turismo nos anos 60 e nunca mais parou de crescer.
A bela aldeia de Cacela Velha, já defronte para a ria Formosa, marca os limites do concelho de Vila Real de Santo António. Os visitantes não podiam ter melhor despedida.

Abraço de rio e de mar

Nelson Jerónimo Rodrigues 2012-04-23

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