Rede de Judiarias

Fundada a 17 de março de 2011, a Rede de Judiarias de Portugal pretende aliar a valorização histórica e patrimonial da herança judaica com a promoção turística.
São bairros inteiros cheios de marcas, centros de interpretação da cultura judaica, casas de memória e museus.
Da rota fazem parte a mais antiga sinagoga do país, uma comunidade viva que resistiu na clandestinidade e muito mais, tudo espalhado pelas 9 terras que fazem parte desta rota.
Em 1297 já havia sinagoga em Belmonte. Aqui sobreviveu escondida durante séculos uma comunidade de judeus. Em 1996 é inaugurada nova sinagoga e um cemitério judaico foi criado em 2001.
Visite o Museu Judaico de Belmonte recheado de esculturas, objetos do quotidiano e peças ligadas ao culto religioso.
O centro da judiaria de Castelo de Vide é o Largo da Fonte. É aqui que se situa a maior coleção de portas ogivais da Península Ibérica. Algumas encontram-se coroadas com símbolos profissionais.
Em Castelo de Vide não perca o Museu da Sinagoga, aberto em 2009. Visite-o na Páscoa onde as tradições cristãs se misturam com as judaicas.
Também em Freixo de Espada à Cinta pode encontrar vestígios judaicos. A comunidade existe desde o século XV e nas ruas talhadas a pedra pode encontrar o rendilhado das janelas ao estilo manuelino.
A comuna judaica da Guarda é uma das mais importantes e mais antigas do país (século XI). As casas da judiaria – situada perto da saída da cidade, junto ao Largo de São Vicente – são de dois pisos.
O térreo é destinado ao comércio e o superior à habitação. Conheça a elevada concentração de sinais nas ombreiras das portas.
Desde Trezentos que os judeus de Lamego se situavam na área entre o castelo e a igreja de Stª. Maria de Almacave. Um século depois, os bairros judeus já eram dois.
Penamacor possui vestígios da antiga judiaria do século XVI junto à Rua de S. Pedro. O aumento do número de judeus após a expulsão de Espanha deu-se devido à proximidade da fronteira.
Doada ao Estado português, é na antiga sinagoga de Tomar que funciona o Museu Luso Hebraico cujo acervo é composto maioritariamente por doações de judeus que por lá passaram.
Existente desde o século XIII, a judiaria de Torres Vedras concentrava-se na atual Rua dos Celeiros de Santa Maria. À altura verificava uma forte atividade comercial desenvolvida por 21 artesãos.
O centro histórico de Trancoso (ruas da Alegria, Cavaleiros e Estrela) tem uma forte presença de marcas religiosas judaicas e cristãs-novas. Um dos ex-líbris é a Casa do Gato Preto. Não perca.

Celebre a Páscoa nas terras judaicas de Portugal

Paula Oliveira Silva 2012-04-04

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