Museu da Eletricidade

Até nos mais inesperados lugares a energia e a arte surgem lado a lado. Na Sala dos Condensadores a exposição Rostos da Central Tejo faz companhia aos antigos disjuntores.
Na Sala dos Geradores a força do vapor fazia girar uma turbina cuja rotação produzia energia. No mesmo espaço há uma pequena exposição com imagens do Centro de Arte e Tecnologia da Fundação EDP, com início de construção para breve. Passado e futuro à dist
O Museu da Eletricidade fica situado na antiga Central Tejo, em Belém, construída entre 1908 e 1951. Até 1972 forneceu energia a toda a região da Grande Lisboa, desde a capital até ao vale do Tejo.
As fachadas do complexo industrial, revestidas a tijolo, mantêm-se praticamente iguais mas a praça do carvão (junto à entrada) já não tem o corrupio de outros tempos. nem as pilhas de carvão que aqui eram descarregadas.
O antigo edifício das Caldeiras de Baixa Pressão deu lugar à Sala de Exposições Temporárias do museu, por onde passam algumas das mais importantes mostras nacionais e internacionais.
A Sala das Caldeiras de Alta Pressão ostenta quatro imponentes caldeiras que entraram em funcionamento entre as décadas de 40 e 50 do século passado. Numa delas foi criada uma abertura que permite aos visitantes entrarem (literalmente) no seu interior.
Um manequim evoca os antigos fogueiros da Central Tejo, responsáveis por espalhar o carvão no interior das caldeiras. Vestiam roupa de serapilheira (absorvia melhor a água) e calçavam socas de madeira (material pior condutor do calor que a borracha) mas n
Na Sala dos Cinzeiros, para onde caía a cinza do carvão, as temperaturas podiam chegar aos 50 graus. Poucos trabalhadores conseguiam suportar condições tão difíceis.
O Museu da Eletricidade tem exposto o primeiro carro elétrico a circular em Portugal, construído na Grã Bretanha em 1975. Atingia a velocidade de 60 km/hora e oferecia uma autonomia máxima de 90 quilómetros.
O ateliê Não Acordes o Dragão é uma das muitas atividades (gratuitas) que o museu oferece às crianças. Por paralelismo, ajuda a explicar aos mais novos o funcionamento (em circuito fechado) de uma central termoelétrica.
A Sala do Experimentar está dividida em três áreas: Fontes de Energia, Cientistas e Descobertas Históricas e Aprende… Brincando. É fácil descobrir qual costuma ser a preferida dos miúdos.
Na Sala da Água e na Sala das Máquinas saltam à vista inúmeros tubos pintados de diversas cores. A central utilizava água da rede pública (depois de tratada) nas caldeiras mas a do Tejo apenas servia para refrigerá-las.

Nelson Jerónimo Rodrigues 2014-12-31

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