Conhecer Sousel não se resume a um passeio a pé pela vila. Expanda os seus horizontes e rume até às freguesias do Cano, Casa Branca e Santo Amaro para saber dos séculos de História que atravessaram a região. Suba também à serra de São Miguel em homenagem a um dos mais famosos cavaleiros da região. Só no final da viagem ficará a saber o que têm Camões e D. Nuno Álvares Pereira em comum com o concelho alentejano de Sousel.
Sobre a vila de Sousel fala-se há largos séculos. A ela se referiam historiadores quando relataram os feitos de D. Nuno Álvares Pereira. As muitas e improváveis vitórias daquele que também ficou conhecido como Santo Condestável valeram-lhe a doação de algumas terras concedidas por D. João I, entre elas estava Sousel. Mas foi mais tarde, sob a tutela da Casa de Bragança, que a região cresceu até se tornar sede de concelho.
Terra santa
Do castelo de Sousel não sobrou pedra para contar a história mas o centro histórico da vila tem outro património que fala por si. Comece pelo pelourinho, junto aos Passos do Concelho e a meio caminho entre a Igreja da Misericórdia e a Matriz de Sousel, erguidas no século XVI. Ambas têm as paredes caiadas a branco e o barrio azul a condizer com as restantes casas da vila.
Se encontrar a Igreja da Misericórdia aberta tire alguns minutos para contemplar os azulejos do seu interior que narram alguns episódios do Velho Testamento. Os admiradores desta arte tipicamente portuguesa deverão também entrar na Igreja de Nossa Senhora da Orada, com uma só nave integralmente coberta de azulejos.
Testemunhe a religiosidade da vila, passando ainda pela Igreja do Convento de Santo António, fundada pela ordem de São Paulo, em 1609. Fica a poucos metros do solar da família Bastos Ribeiro, por sua vez mesmo em frente ao Posto de Turismo de Sousel. Aqui pode munir-se de informação relativa aos seus próximos passos.
Andreia Melo 2011-09-21
