Castro Marim

Castro Marim é hoje uma das mais tranquilas povoações algarvias mas foi em tempos um importante baluarte defensivo que protegia a região das investidas mouras e espanholas.
A vila vive à sombra de duas colinas principais, cada qual com a sua estrutura militar: o castelo, com origens no século X, e o forte seiscentista de São Sebastião, mandado erigir por D. João IV.
Entre as duas colinas repousa a elegante Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Mártires (a patrona da vila) com uma arquitetura que reflete os vários períodos da sua construção.
No casario da vila destacam-se belas moradias tipicamente algarvias, com as suas platibandas e chaminés rendilhadas. Esta surge pintada a amarelo vivo, mas o branco é a cor dominante.
À entrada do castelo somos recebidos por uma curiosa guilhotina. Logo depois merecem visita a loja (onde também se compra o bilhete de entrada) e a igreja da Misericórdia, de portal renascentista.
As mesmas ruínas que hoje estão quase abandonadas enchem-se de vida e animação durante os muito concorridos Dias Medievais de Castro Marim, sempre em finais de Agosto.
O chamado Castelo Velho é o edifício mais antigo dentro das muralhas no castelo principal. No terreiro, uma amendoeira em flor recorda-nos que estamos em pleno Algarve.
À entrada do Castelo Velho existe um pequeno núcleo museológico com os mais importantes achados arqueológicos descobertos no concelho de Castro Marim.
A paisagem das muralhas do Castelo Velho é simplesmente arrebatadora. As salinas e o rio Guadiana são elementos incontornáveis do cenário local.
Junto ao Forte de São Sebastião a paisagem não é menos inesquecível. Agora é a Reserva Natural de Castro Marim que se estende ao nosso olhar.
O Revelim de Santo António foi exemplarmente recuperado e acolhe agora os visitantes com um moderno Centro de Interpretação do Território.
Junto ao Revelim, a Ermida de Santo António mostra no seu interior um retábulo de sete tábuas com as imagens deste santo.
Castro Marim pode até ser uma das mais antigas vilas algarvias (com carta de foral desde 1277) mas a vida continua tranquila e pacata em cada recanto da povoação.

A vila guerreira descansa em paz

Nelson Jerónimo Rodrigues 2012-05-21

Receba as melhores oportunidades no seu e-mail
Registe-se agora