BUGA - Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro

A topografia da região de Aveiro sempre favoreceu a utilização da bicicleta. Era a pedalar que os operários iam para as fábricas, as varinas distribuíam o peixe e os homens e mulheres iam para os trabalhos do campo. Aqui se instalou desde começos do século XX uma importante indústria, fabricando velocípedes com e sem motor. A Câmara de Aveiro lançou há meia-dúzia de anos o projecto da BUGA - Bicicleta de Uitlização Gratuita. Numa série de postos distribuídos pela cidade é possível levantar uma bicicleta que, uma vez utilizada, será deixada noutro ponto de retorno, ao serviço de novos utilizadores. Assim se estimula o uso de um transporte simpático, saudável e não poluente e, ao mesmo tempo, se dá um exemplo de civismo e partilha de um bem comum. Foi inspirado em projectos como este que o município parisiense lançou há dois anos o «VELOLIB», cujos veículos têm sido fabricados na região de Aveiro. De bicicleta se pode, assim, percorrer a cidade, da universidade ao centro de congresos (antiga Fábrica de Cerâmica Campos), sempre com os canais como companhia.

Horário de funcionamento: Aberto todos os dias das 10:00 às 18:00
Localização: Loja BUGA: junto ao Fórum Aveiro
Preços: 1.00
Tipo de aluguer: Bicicletas
Título: Bicicleta par todos
Morada: Largo do Mercado
Código Postal: 3810 064 AVEIRO
Distrito: Aveiro
Concelho: Aveiro
Freguesia: Glória

Aveiro de Buga


Sem gastar um tostão, e sem se cansar muito, porque a cidade é quase toda plana, pode-se atravessar Aveiro de bicicleta.


N'Dalo Rocha

No calão Lisboeta, Buga quer dizer vamos embora. Mas em Aveiro, longe da capital, Buga significa Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro. Para perceber o resto era necessário este esclarecimento. De qualquer maneira, aqui também se pode dizer: Buga? Ya, de buga. Agora mais a sério. Andar de bicicleta toda a gente sabe e para pôr mudanças basta rodar o punho direito. São três velocidades leve, média e pesada. Depois é só pedalar por Aveiro a fazer músculo na perna, uma excelente oportunidade para conhecer melhor a cidade, fazer exercício de uma forma pouco violenta, e reviver um pouco o espírito “Verão Azul”.

As bicicletas em tons verde claro e branco são discretas, apesar das placas a dizer Buga e do tão útil cesto no volante onde cabe uma pequena mochila.

Ao todo, existem 29 parques Buga estrategicamente espalhados por toda a cidade. Para andar, é como ir ao supermercado. Introduz-se uma moeda de 100 escudos na ranhura e solta-se a bicicleta da corrente. Anda-se o tempo que se quiser e para recuperar o dinheiro, basta voltar a qualquer posto de retoma e inserir o cadeado na ranhura. Tal e qual como um carrinho de compras mas sem ter que esperar na fila da caixa. E igualmente sem pagar nada.


Ria à vista

Andar de bicicleta por Aveiro é fácil porque grande parte da cidade é plana, principalmente a zona dos canais. E bonita. O problema – há sempre a possibilidade de haver um problema – é quando a Ria enche demais. Aqui, quando a água sobe, sobe mesmo ao ponto de na baixa não se poder andar a pé nem de bicicleta. Com mais de 20 cm de altura é impossível pedalar sem molhar os pés e a qualquer momento surgem do nada enormes poças de água que mais parecem pequenas lagoas. Os cafés com esplanadas ficam com as cadeiras meio submersas e os mais desprevenidos acabam por se descalçar para melhor andarem dentro da água. Se assistir a um espectáculo deste, procure uma zona mais alta e só volte ao Rossio quando a maré já tiver baixado. Bom, mas isso é só quando chove muito.

2001-10-10
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