Associação Naval de Lisboa - Secção de Remo e Canoagem

Condições de acesso: Sócios
Escola de Formação: Sim. Secção de Remo e Canoagem na Doca de Santo Amaro e Secção de Vela e Motonáutica na Doca de Belém. Dispõe de escolas de aprendizagem, classes de manutenção e classes de deficientes (no sector do remo).
Horário de Funcionamento: De segunda a sexta, das 11:30 às 13:30 e das 14:00n às 21:30. Sábados e domingos, das 09:00 às 14:00.
Observações: É o clube náutico mais antigo de Portugal e da Península Ibérica. Para além do sector de competição a ANL dispõe de escolas de aprendizagem, classes de manutenção e classes de deficientes (no sector do remo).
Serviços: Bar
Morada: Doca de Santo Amaro
Código Postal: 1350 353 LISBOA
Tel: 213960488
E-mail: info@anl.pt
Site: www.anl.pt/
Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Freguesia: Alcântara

Remo


Remar no Tejo, de Alcântara a Belém, nos barcos do clube mais antigo da Península Ibérica.


N'Dalo Rocha

No ano de 1856 Lisboa via nascer os primeiros quilómetros de via férrea até ao Carregado, mas também o clube mais antigo da Península Ibérica, a Associação Naval de Remo. Século e meio depois, esta colectividade está bem de saúde e continua a ser o maior clube de remo em Portugal.

Por cá, rema-se todos os dias, sempre que o tempo o permita, e nem mesmo os domingos são desperdiçados. Por volta das 10:30h com um radioso sol do princípio de Novembro, juvenis e iniciados correm ao longo da Doca de Santo Amaro para fazerem o aquecimento.

O pelotão passa por mim concentrado nos seus afazeres aeróbicos, enquanto me movo no meu passo lento de quem gostava de ter dormido um pouco mais. Devagar, aproximo-me do velho armazém onde estão sediadas as instalações e espreito lá para dentro. Naquela sala estão dezenas de barcos finos e compridos arrumados em suportes, como se fossem delicadas prateleiras. Mais tarde venho a saber que os mais largos são os barcos de categoria Yolle e os mais estilizados, com menos de um metro de largura, os Shell. Mas nada como vê-los em acção na água.

Perguntei a alguém pelo João Cardoso, professor de educação física, antigo atleta da casa e actual instrutor, e também o meu cicerone nas próximas horas. Travamos conhecimento com um aperto de mãos e pude confirmar que os calos do remo não são a fingir.


Pelas águas do Tejo

Vivo em Lisboa há quase 27 anos e passei vezes infindáveis pela Ponte 25 de Abril mas nunca tinha visto o Tejo e a cidade daquela perspectiva. A pouco mais de 100 metros da margem parece que redescubro um cenário familiar. O único senão são os carros que passam na ponte e de vez em quando algum comboio ruidoso.

Já no bote de borracha a motor, João Cardoso vai monitorizando os seus alunos, lançando dicas e dando conselhos. Passa um barco e ele grita:
- Rita, atenção aos cotovelos.
Para outro ordena:
- Todos os remadores a olhar para as costas do remador da frente.

A verdade é que os miúdos com 10 ou 12 anos, ainda pouco calejados nestas lides acatam as ordem e o barco passou a navegar nitidamente melhor.

Os ponteiros do relógio ainda não chegaram ao meio dia e o rio está calmo, muito calmo até e as condições são excelentes para o remo. Os barcos da categoria Shell, os mais rápidos, caros e evoluídos, são também os mais instáveis e susceptíveis de serem perturbados pelas ondas.

Foi curioso acabar de ouvir esta explicação e subitamente, a tranquilidade da água ser quase instantaneamente perturbada pela enorme lancha da polícia marítima que passou a toda a velocidade a mais de 800 metros de distância. Alguns segundos volvidos e chegaram as primeiras “vagas” que perturbam o equilíbrio destes barcos aerodinâmicos.

2003-11-11
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